Olha, não tem jeito, quanto mais você enrola pra contar mais difícil fica. Você com certeza precisa do apoio dos seus pais para as consultas do pré natal, a porrada de exames que você vai ter que fazer, as vitaminas para tomar, remédios, dores.... É uma lista infinita de necessidades que uma gestante tem.
Eu contei para a minha mãe no dia 12/10/2016 (no dia seguinte após a descoberta), ela foi a 3ª pessoa a saber e foi assim:
Uma bela manhã fomos tomar café juntas e ela começou a fazer drama porque eu ia morar sozinha. Disse que teria de arrumar outro filho então porque não queria ficar sozinha. Eu que nem sou boba, aproveitei o gancho para falar que ela não precisava arrumar outro e que tinha uma coisa para contar. Como eu estava morrendo de vergonha, a primeira reação dela foi: "Letícia você está grávida?" e eu olhei tipo "aham".
A reação dela foi a mesma que a minha (como eu disse no outro post) - 5 minutos de silêncio sem reação. Aí começou o sermão.... Falou, falou e falou mais um pouco. Disse que estaria comigo até o fim independente do que aconteça porque ela é minha mãe mas tinha o mesmo medo que eu, meu pai me expulsar de casa.
Fui no hospital de novo buscar o resultado do meu exame (aquele Beta HCG que tinha que esperar 2 horas, como era quase meia noite fui pra casa e voltei no dia seguinte) e voltando pra casa, no meio do caminho encontrei meu pai de carro. Ele parou e a gente foi junto pra casa, em silêncio como sempre, normal.
Quando chegamos em casa, minha mãe estava estudando, simplesmente virou e disse "Eu contei pro seu pai, nessa casa mentira não se cria, ele vai te chamar pra conversar". Nossa, fiquei desesperada, cada passo em casa eu achava que seria o último.
Prova de como ser afobada não é bom, eu estava tomando as dores antes de acontecer. Por fim, sentamos nós 3 na mesa e tivemos uma conversa sincera, choramos feito bebês (haha pega o trocadilho). E foi assim que contei o que houve.
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